quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Prendo-me entre os estreitos tecidos que se formam daquilo que não sei. No passado que não figuro, mas se transpõe como aquilo que não sei, não apeguei, (e) se foi. Indiferença, falta de sentido, nunca soube. Qual poderia acreditar que deveras fosse a lógica compreensiva da devoção mais profunda do meu eu ser perdida em sua sensibilidade fílmica pela claridade da exposição? Andarão verbos, por aí, correntes que me representem? Pelo amor de deus, uma palavra que me comungue sentido!? Por favor, peço a expressão desta lógica... que projete Devir!, que o seja compartilhavel pela prática ou, então, me renasçam fora do Ocidente. Confesso! estou cansado de ter tudo só pra mim.

sábado, 4 de setembro de 2010



Ai ai ai... se conseguisse vencer o instantâneo das mentiras de que me convenço e tomar o mistério da persuasão que me foge voltar poderia ser apenas uma opção.
 

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Tenho estendido um caminho macio de sangue à frente de minha petulância, como os tapetes hollywoodianos que se espalham para guiar quem amar É minha violência esplanada, amorosa e cara que me mora em estimação de diamante Com destino a quem plainar.

(Porque nossa estética é, ainda, um subproduto hollywoodiano. A paixão tem um caminho indicativo a ser seguido e é para o amor frágil das "estrelas" os suspiros gerais. A podridão há de ser reconhecida. É que a negação não me faz diferente de nada. Consumir tudo até volatizar(se). De brega, baião e axé guardo bastante o lixo global. O "inimigo" nunca sai de casa. Onde meter a língua vai lamber com gosto.)

sábado, 7 de agosto de 2010

De botinadas e felações fiz-me inapto para contar medidas ao que bebo ao copo ao cuspi Sob meus rizomas temporais balizados pousa o infinito de todas as coisas O ilimitado particular do rizoma Meu rizoma exclusivo e independente Novo ramo. Outro ramo. Outro ramo Não resina coisa alguma que possa outrora ser consumida como o Estar fora {Familiaridades} Nada de processos ¡Vinde mil virgens! Caos harmônico da ruptura Sou seu cuckold minha ninfa Violência estar Em nosso extenso corredor d’água envolvidos pela miríade de nossos séquitos flamingos resplandecentes.

segunda-feira, 12 de julho de 2010


Se houver alguém que não crê em feitiços, certamente desconhece as Coisas e a ordem da expressão. Os feitiços bailam profecias, coreografa descompromissado com o que é, a cantoria de tudo que aí, então, é novo. Por tudo! menos pelas coisas, é que as borboletas não passam de três meses.

(e Piva é merlin batizado com urina de borboleta)

domingo, 11 de julho de 2010

Os panos da casa estão sujos de vinho. Manchados de azul, de violeta e vermelho. Eu limpo meus resíduos e me tinjo feito os tecidos. Eu sou imundo, sou baixo, sou vil. Como se acreditasse que beleza reside no que é limpo do que se apaga. Como se a translucidez decepasse o braços de Anadiômene, calo e canso de mim mesmo, de você.


Sou um tiro de Vênus produzindo vácuo no instante. A língua áspera do bezerro lambendo as tetas do fogo. Sua mãe ruminando as folhas secas da justiça. Sou as águas do que afunda. As seis outras cores para tudo que é vermelho.

quarta-feira, 7 de julho de 2010



traço sem ensaio. o primeiro: está traçado I de baixo dos que não hão de findar I acrescendo o que em si já não é.
se meu ponto chegar I desde próximo façam silêncio I que é pr’eu passar sem ver I
risco falhar.

sábado, 5 de junho de 2010


Fred Einaud - Mermaid




É ralo o que há para se guardar –
E há?
Isso é tudo {meu}.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O cadáver é esquálido, repugnante.
Gozoso é praticar o que mata.

I
Um pênis atira à distância
aBala devassa o inconsútil,
a pele morta se lança do pedaço
que naquele todo.
O contínuo abre espaço
rubro cálido que verte
o sortilégio do que virá.?.

II
A atmosfera é rítmica
iridescente marinha
de candomblé, maracatu e capoeira.
Há punhal que baila reluzente
de extremidade sutil
suave feito seda
desenhando rouge a carne
com os lances de suas legs
que seguem o candombe.
A vertente destroça o portão da gaiola
o pássaro espreguiça suas penas.
Quem permanece
questiona se o tal sobreviverá.

domingo, 28 de março de 2010

minha

tua pele

"Prefiro Toddy ao Tédio" (Cazuza)

Oh! mon dieu! Minh’alma tem sido tão traquina. Trata-me como um pênis. Ora sou mergulhado em suave carne policheirosa, receptiva com infindáveis guloseimas, como se das gastas avozinhas. Sigo num caminho virgem de firme traço majestoso, vermelho-policolor que me excita cuspis prósperos, com a perenidade de uma Communita, sob o delgado da fertilidade uterina. Ora de fadiga sou tomado, lançado murcho no sereno, de cinza-desvigorado sou preenchido. Ao relento, à pressão de uma algoz-metamorfose, viro carne mijada em processo de necrose. Decomponho. Por insatisfação, piedade ou mísera compreensão(ou será "in"?)... Adivinha?! Sou mijado, indignamente! – Com sinceridade? Se não estivesse tudo tão cinza, “Ah! Que gostosa travessura!” –. Quando o Toddy, dono de si, torna-se intragável! em que buraco hei de enfiar meu Tédio? Em qual? (e que abençoado o seja!)
À disseminação, dissolução do profano, Amém!
À cópula,
Dionísio, Sade, Heliogábalo.
Baco, Evohé! numa cuspida,
um e outro dedo, enfia!,
no mar ou no lago.
Porra gosmenta na gengiva,
necrofilia desvairada.
“Madrinha de crismando furnica
com padre à caráter,
embalados pelo coral
K. Y. Miss Day,
sob o altar”.
A Santa Ceia das genitálias.
Uma corrida competitiva de espermas
na água chovida
que escoa
entre o meio-fio e a calçada.
Avante, gentália! Evohé!
beatificarmo-nos em chupadas.
Oh! língua, minha.
Coçosa. Hiperativa
por uma lambida
pela contínua cútis.
Desde a virilha até a gengiva,
pelos buracos do nariz,
chupadas nas bochechas
e mordidas nos cílios.
Invado as constelações submersas
entre pernas,
extasiado em suctivo respirar
de pêlos chatos,
da raiz às pontas.
Após salivada a sudorenta axila,
babada,
prossigo caminho nos vãos das costelas
até cuminar nas elevadas sangrentas bundosas,
carne de esputo em bolhas oxigenadas
sob a ondulante saborosa.
Prendes meu pênis,
dominado pela articulação úmida das pernas.
Chupo os microorganismo debaixo das unhas da mão,
pousado nos dedos, na palma, o futuro. Sugo!
Caio com os dentes no sexo,
tombo com o céu na boca.
Reviro o íntimo
como antiga, profissional,
num bar de esquina, por Bukowski.
Foste uma porção de tinta amarela
atirada em minhas vidraças.
Tomou para si
com firmeza-leve
as guias da minha visão,
num findar de dia
com a tomada do novo.
Sua cor escorrida
por minha taça de prata.
Pigmento que me toma a retina.
Ausência que me incha de furor, de dor, de esperma.
Carta duvidosa do meu baralho
multipolar, contraditória, contra-maniqueísta.
Recuso seu nome
e o desígnio de sua cor,
pois o esvazia de sentido.
Mas não consigo calar! Desgraça.
És amarelo
no interstício com o castanho.
Assim O é,
e em momentos como este
EU.
Para um iniciante, um gole!
já o é bastante.
Para um Homo Petulantes,
presente fragmento
do Eu composto,
perceber o vívido líquido
do casco definhar,
se como ponteiros indicassem
de que é chegada a hora,
fá-lo sôfrego.
Não há cinzas de tempo
à serem consumidas,
mas em repouso
sob o lençol vermelho
uma punheta tântrica o auxiliará,
quem sabe?, na busca do sono.
Evohé! Terá de enfrentar!,
ser persistente!
E romântico feito Quixote.
É sexta-feira.
Encontro outra vez,
o colchão e eu, estatelado.
Dou escuta atenta
a um ou outro
ruído que me desperta.
Terei, logo Eu, o poder de um Deus?
destes mais comuns
que tem realizados seus “desejos”?
Até mesmo as volições renegadas,
pelas quais não há anseio,
amarrotadas num embrulho que é segredo?
Pobre e desolado agente
em minh’alma sola.
Expõe! o por que persiste incidente.
Serei, Eu, o senhor desta incomensurável terra
ou peão criativo,
iludido que ainda há de domá-la?
Som
monosom
polistéreo.
Um cavalo, veloz, está próximo.
Chupa ferro na dentada.
Vem montado
pela esplêndida suctiva
da Velha Banguela.
A gengiva mais psicotrópica
do sul brasileiro.
Som
potente, redemoizante
e cauteloso,
de emplumado punhal,
de Asas de Águia.
Rítmica crista em arco
num atrito absoluto,
arranhosa,
concreto Falo.
Pérola contida é ostracismo
Se exposta sado e maso
Possuída e senhora
Pérola feito corpo, ostracismo, corpo e ostracismo
Mutatis Mutandis.
Volver.
Vou o deitar na mesa da cozinha
com a cabeça recostada sob as teclas da dura máquina de escrever.
Suas pernas estarão dobradas em máxima,
coxas coladas ás panturrilhas.
Brincarei com seu cuzinho até implorar que lho enfie
e com a docilidade que um virgem ânus exige
saciarei nosso desejo à sua suplica.
Irei o devassar até que sinta a liturgia erótica de Burroughs,
datilografada na ponta do meu pênis, carimbá-lo a próstata.
Seremos beatificados em ejaculação mútua.
Sua minha morte tranqüila.
Enquanto mamãe era currada
para meu eu cristalizar
sonhava outras coisas mil.
Nasci com essa forma, disforme
feito desenho, idéia, imaginação.
Preenchido de plutão a devorar o universo,
fui moldado morte sempre há dor e alegria.
Em cópula infinda com o todo, fui abandonado nesse nisso.
Em incandescente estar formei-me isso.
Assim fui talhado à forma literata,
serva degustação a manja alma e incorpóreo
com o prazer de uma soberbo-ativa siesta.
Floresci maldito e lascivo,
aos cuidados de mama.
Tornei-me prolapso e madresita a ré.
Passei o cartão no treco Roubo Automático, digital. Adentrei o terminal e assentei numa dessas poltronas solitárias, sem vizinho, em um ônibus linha direta. Abri o escrito de Nin após uma breve contemplação da chuva que enfim umedecia lá fora. Sinto medo do momento que findará seu escrito. Leio a cada vez mais lentamente, abandonando-a sempre que sou capaz e, num contínuo, permaneço A devorando em pensamento. Queria não iniciar novamente. Afligi-me imaginar que possa se tornar repetição. Não posso me permitir amá-la. Essa coisa de amor! criar zelo, solidariedade e, o pior de tudo, perene previsibilidade. Ah! Seria tão grandioso a manter eterna paixão. Isso é tudo que amamos, a paixão! “Zona Autônoma Temporária” em desmedida morte e devir. A condução está pronta para partir. Abandono a leitura e A observo cair em pingos. Tantos Tantos Tantos e Leves pingos de chuva. Atingimos nosso destino. Uma multidão, do lado de fora do ônibus, aguarda-me com passagem aberta. Estão todos loucos, em devaneios, ao tocar-lhes com meu olhar, para cair de boca no meu pau. Velhas maduras, índias com tetinhas arrebitadas, idoso impotente, crianças sinceras como lâmina afiada, duas bixinhas, assalariadas com a cara feito reboco, um e outro pedreiro, tenente fardado, um par de olhos orientais em conjunto à lábios vermelhos, pintados, donas de casa e madres malhadas. Canibais famintos e desejosos de meu membro que repousa abaixo da visão, recolhido, abrigado. Heliocêntrico, em dias que sou o SOL.
Foi gerado, vida! e depressa golpeado. O existir carinho o fora negado. Criança quase negra de belas feições com a maternidade perdida, desenvolvida na rua. Servo de seus ínfimos laços, tornou-se alvo abjeto nas esquinas da capital. Ator anônimo, ilhéu. Com nada de si, ou quase nada, feito representação de dramaturgia shakespeariana contemporânea, expõe olhos famintos e desamparados, ao escambo de moeda corrente, para os compostos de solidariedade cristã, tão desamparados quanto em sua vililidade e estar alienígena-alienado à busca de praticidade-conforto. Criança Adulto que sustenta o indispensável humano de quem o oferece abrigo, descuido, desprezo. Seus amigos são outros que à margem se fazem independentes, sob negligência, com precoce arbítrio. À tutela de matriarcas subjugadas, encapsuladas em força extrema, com o âmago tão esporraçado e carente que vivem sua imaturidade na superficial potência de ser ama. Admirável infanto desregrado, monumento móvel, senhor do bairro central. Sem abrigo, sem privacidade noite à dentro se masturba no elevado defronte ao supermercado deserto. Tudo que pude oferecer foi escuta atenta e dedicada consideração a toda dor que absorveu e abstraiu com a des-Construção de sua agência com o tempo passado. Peço perdão pelo que á mim fora proibido. A oportunidade perdida de lhe oferecer um tabaco e tragarmos sincera amizade, sem as representações de nossos ofícios.
Fina pele com/sobre a minha.
Vermelha, amarela, verde, preta.
Adstringe Me. rejubilo como criança nua
qual fuma seu primeiro cigarro de maconha,
perdida de furor em praia deserta.
Há dias em que as imensas noites espancam-me de medo. O sonho aquoso perturbado. Exposição a capacidade de envolvimento neste invólucro. Sublime escuridão. Perfeição feminina, hálito virgem e menstruação. Banquete repleto de servidos nirvanas. E contradição. Medo que invade sem dar as caras para não ser vencido. A felicidade pode fugir num momento qualquer pela janela sempre aberta. Anseio prendê-la em meu peito como a um corpete afinado ao estilo medieval. “Mas há uma condição! Só desejo que permaneças se não fores medo. Se insistir em sê-lo peço que te encaminhes casa à fora. Embarca neste vento que corre de janela à janela e só volte quando estiveres plena.”
Cala-te! Cala-te! e te serves do silêncio. Embebeda-te e deixa cair na dimensão da não-palavra. Permite do nada ser tudo. Bebe meu sangue pelo canto da boca e seca teu suor com minhas vísceras, meu âmago. Desgraça a piedade. Introduz uma cápsula de maldição em tua mucosa lanhada. Esfola, desgasta, fricciona a enorme pedra. Permanece pó. Toma a poção de pus de minha ulceração. O antídoto refrescante para sua pele queimada. Mergulha na amônia decantada de minha urina e salva seu gosto, seu aroma. Pinta seus lábios com o preparado de meus pêlos e sêmen. Seja-me a servidão. Capacho. Um imenso relicário.
Este é um poema tricolor
Feito de pimenta, preto e branco.
De vermelho, preto e cigarro.
Vermelho, café e cigarro.
70% de mim é tabaco.
Todo o resto passageiro.
A campainha tocou. Era Ruth que chegara como uma avalanche de suco gástrico em meu estomago ulcerado. Pensei que custaria mais, pois enganei-me ao achar que aquela sede me era exclusiva. Ela chegou exuberante em seu vestido oliva. Quando fechei a porta ela o tirou se revelando nua e minha, era o que seu corpo dizia, só minha. Não podemos ser de mais ninguém. Amor doloroso. Seus pêlos brilhavam a luz de sua mucosa. Pêlos negros e grossos, aparados há pouco para o meu toque. Cheguei minha língua em seus lábios enquanto me ajudava a despir-me. Abusei dos sentidos em seus pequenos seios artesanais, eriçados de prazer. Ruth acariciava meu pênis meia bomba o puxando para perto de si, enrijecendo-o em seus pêlos. Minhas mãos percorriam as ruas e vielas de seu corpo. Nossos corpos comprimidos. O meu sobre o tom âmbar de sua pele. Deitou-se no colchão da sala e para mim se abriu. Apertei-lhe com delicadeza os lábios da vagina como a uma bochecha gorda. Abaixei-me para senti-la em minha língua e satisfazer o desejo do toque que já não cabia em meu ser. Toquei com a ponta da língua na parte extrema de baixo de sua fenda labial e subi como se a desenhasse. Estava tão molhada quanto minha língua. Mergulhei mais fundo para sentir seus lábios internos e clitóris. E mais fundo para tocar o que em breve me fará abrigo. Seus pêlos molhados pelo híbrido de minha saliva e de sua lubrificação eram macios e agradáveis ao paladar. Molhei meus dedos em sua boca e dediquei-me ao toque de seu clitóris. Subi meu corpo arrastando-o pelo dela, descobrindo o sabor e o toque de cada contínuo de seu tronco em meus lábios e língua, até encontrarmos nossas bocas ofegantes e condensarmos nossos hálitos em um único, somente nosso. Passei-lhe o pênis na vagina separando os lábios e sentindo sua lubrificação molhar-me a cabeça. E nela, bati com a rigidez de meu corpúsculo. Fui tragado por ela. Ah! Sua umidade me levou a profundezas escuras pelo percurso macio de sua mucosa. Pedi para que fechasse suas pernas em minhas costas para sentir-lhe mais longe. Destruímos a lógica do tempo com movimentos ondulados de carinho até nos lançarmos liquefeitos, um sobre o outro. E num corpo só, fomos surpreendidos pelo sol depois de adormecidos.
O sulista
avermelhado
arranca seu pênis e projeta gritos
espiralados púrpura de maus-tratos.
Maldito eunuco!