domingo, 28 de março de 2010

Oh! língua, minha.
Coçosa. Hiperativa
por uma lambida
pela contínua cútis.
Desde a virilha até a gengiva,
pelos buracos do nariz,
chupadas nas bochechas
e mordidas nos cílios.
Invado as constelações submersas
entre pernas,
extasiado em suctivo respirar
de pêlos chatos,
da raiz às pontas.
Após salivada a sudorenta axila,
babada,
prossigo caminho nos vãos das costelas
até cuminar nas elevadas sangrentas bundosas,
carne de esputo em bolhas oxigenadas
sob a ondulante saborosa.
Prendes meu pênis,
dominado pela articulação úmida das pernas.
Chupo os microorganismo debaixo das unhas da mão,
pousado nos dedos, na palma, o futuro. Sugo!
Caio com os dentes no sexo,
tombo com o céu na boca.
Reviro o íntimo
como antiga, profissional,
num bar de esquina, por Bukowski.

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