domingo, 28 de março de 2010

Há dias em que as imensas noites espancam-me de medo. O sonho aquoso perturbado. Exposição a capacidade de envolvimento neste invólucro. Sublime escuridão. Perfeição feminina, hálito virgem e menstruação. Banquete repleto de servidos nirvanas. E contradição. Medo que invade sem dar as caras para não ser vencido. A felicidade pode fugir num momento qualquer pela janela sempre aberta. Anseio prendê-la em meu peito como a um corpete afinado ao estilo medieval. “Mas há uma condição! Só desejo que permaneças se não fores medo. Se insistir em sê-lo peço que te encaminhes casa à fora. Embarca neste vento que corre de janela à janela e só volte quando estiveres plena.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário