domingo, 28 de março de 2010

A campainha tocou. Era Ruth que chegara como uma avalanche de suco gástrico em meu estomago ulcerado. Pensei que custaria mais, pois enganei-me ao achar que aquela sede me era exclusiva. Ela chegou exuberante em seu vestido oliva. Quando fechei a porta ela o tirou se revelando nua e minha, era o que seu corpo dizia, só minha. Não podemos ser de mais ninguém. Amor doloroso. Seus pêlos brilhavam a luz de sua mucosa. Pêlos negros e grossos, aparados há pouco para o meu toque. Cheguei minha língua em seus lábios enquanto me ajudava a despir-me. Abusei dos sentidos em seus pequenos seios artesanais, eriçados de prazer. Ruth acariciava meu pênis meia bomba o puxando para perto de si, enrijecendo-o em seus pêlos. Minhas mãos percorriam as ruas e vielas de seu corpo. Nossos corpos comprimidos. O meu sobre o tom âmbar de sua pele. Deitou-se no colchão da sala e para mim se abriu. Apertei-lhe com delicadeza os lábios da vagina como a uma bochecha gorda. Abaixei-me para senti-la em minha língua e satisfazer o desejo do toque que já não cabia em meu ser. Toquei com a ponta da língua na parte extrema de baixo de sua fenda labial e subi como se a desenhasse. Estava tão molhada quanto minha língua. Mergulhei mais fundo para sentir seus lábios internos e clitóris. E mais fundo para tocar o que em breve me fará abrigo. Seus pêlos molhados pelo híbrido de minha saliva e de sua lubrificação eram macios e agradáveis ao paladar. Molhei meus dedos em sua boca e dediquei-me ao toque de seu clitóris. Subi meu corpo arrastando-o pelo dela, descobrindo o sabor e o toque de cada contínuo de seu tronco em meus lábios e língua, até encontrarmos nossas bocas ofegantes e condensarmos nossos hálitos em um único, somente nosso. Passei-lhe o pênis na vagina separando os lábios e sentindo sua lubrificação molhar-me a cabeça. E nela, bati com a rigidez de meu corpúsculo. Fui tragado por ela. Ah! Sua umidade me levou a profundezas escuras pelo percurso macio de sua mucosa. Pedi para que fechasse suas pernas em minhas costas para sentir-lhe mais longe. Destruímos a lógica do tempo com movimentos ondulados de carinho até nos lançarmos liquefeitos, um sobre o outro. E num corpo só, fomos surpreendidos pelo sol depois de adormecidos.

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