segunda-feira, 12 de julho de 2010


Se houver alguém que não crê em feitiços, certamente desconhece as Coisas e a ordem da expressão. Os feitiços bailam profecias, coreografa descompromissado com o que é, a cantoria de tudo que aí, então, é novo. Por tudo! menos pelas coisas, é que as borboletas não passam de três meses.

(e Piva é merlin batizado com urina de borboleta)

domingo, 11 de julho de 2010

Os panos da casa estão sujos de vinho. Manchados de azul, de violeta e vermelho. Eu limpo meus resíduos e me tinjo feito os tecidos. Eu sou imundo, sou baixo, sou vil. Como se acreditasse que beleza reside no que é limpo do que se apaga. Como se a translucidez decepasse o braços de Anadiômene, calo e canso de mim mesmo, de você.


Sou um tiro de Vênus produzindo vácuo no instante. A língua áspera do bezerro lambendo as tetas do fogo. Sua mãe ruminando as folhas secas da justiça. Sou as águas do que afunda. As seis outras cores para tudo que é vermelho.

quarta-feira, 7 de julho de 2010



traço sem ensaio. o primeiro: está traçado I de baixo dos que não hão de findar I acrescendo o que em si já não é.
se meu ponto chegar I desde próximo façam silêncio I que é pr’eu passar sem ver I
risco falhar.